Compositora do mês: Annea Lockwood (1921-2016)

31/07/2018 23:24

Compositora do mês: Annea Lockwood (1921-2016)

 
Biografia:

Annea Lockwood nasceu em 29 de julho de 1939 em Christchurch, Nova Zelândia. Encorajada por seus pais e professores de música, a artista começou a compor aos 12 anos. Após completar com honras o bacharelado em música na Canterbury University (Nova Zelândia) em 1961, Annea estudou piano com E. Kendall Taylor. Em seguida, estudou composição nos cursos de verão de Darmstadt (1961-1962), com Peter Racine Fricker no Royal College of Music de Londres (1963), com Gottfried Michael Koenig na Alemanha e Holanda (1963-1964) e no Electronic Music Studios de Londres (1970). Em 1972, concluiu o curso de psico-acústica na Southampton University Institute of Sound and Vibration Research, Reino Unido.

Em 1973, Lockwood viajou aos Estados Unidos para lecionar na Hunter College de Nova Iorque. Em 1982, a artista começou a lecionar composição, teoria e música eletrônica no Vassar Vollege, onde tem atuado como professora emérita. Annea apresentou-se como musicista e/ou palestrante na Inglaterra, Escócia, Nova Zelândia, Austrália, França, Alemanha e Suíça. Ao longo de sua carreira, recebeu diversos reconhecimentos: prêmios do Arts Council (1970, 1972, 1973), financiamento da Gulbenkian Foundation (1972, 1973), do Creative Artists Public Service (1977), e do National Endowment for the Arts (1979-1980).

Composições:

Além de atuar como compositora, Annea desenvolve instrumentos. Sua arte usa música eletrônica e experimental para extrair as qualidades do mundo natural e a experiência humana.

Durante os anos 60, trabalhou em colaboração com poetas, coreógrafos e artistas visuais, criando também diversos trabalhos que exploram novas fontes de sons e timbres. A peça de teatro Glass Concert (1967) marca o início de seu trabalho como construtora de instrumentos, com dois artistas interagindo com um ambiente de objetos feitos de vidro. Annea também criou a série Piano Transplants (1969-1972), em que pianos velhos eram queimados, submersos e enterrados.

Nos anos 70 e 80, seu trabalho passou a enfocar os sons da natureza, muitas vezes usando instrumentos de baixa tecnologia. World Rhythms (1975), Conversations with the Ancestors (1979), A Sound Map of the Hudson River (1982), Delta Run (1982) e Three Short Stories and an Apotheosis (1985) fazem parte desta fase da compositora e foram apresentados nos Estados Unidos, Europa e Nova Zelândia.

Na década de 90, a artista passou a escrever peças para instrumentos acústicos e voz, incorporando elementos visuais e eletrônicos. Thousand Tear Dreaming (1991), escrito para didgeridu, ou didgeridoo (instrumento aborígene da Oceania) e outros instrumentos, mostra imagens de pinturas nas cavernas de Lascaux. Já Ear-Walking Woman (1996) usa pedras, gongos e outros instrumentos para descobrir a variedade de sons disponíveis dentro do piano. Por sua vez, Duente (1997) carrega o cantor Thomas Buckner em um palco suspenso através de sua própria voz.

Seus trabalhos recentes incluem: A Sound Map of the Danube, instalação sonora; Luminescence, com textos de Etel Adnan; Gone!, no qual uma Caixa de música em forma de piano flutua sobre a plateia carregada por 20 balões de gás hélio; e In Our Name, poemas escritos por três prisioneiros de Guantánamo para barítono, violoncelo e gravação.

Mais informações:

Para conhecer sua obra:

 

Composer of the month: Annea Lockwood (1921-2016)

 
Biography:

Annea Lockwood was born on July 29, 1939 in Christchurch, New Zeland. She started composing at the age of 12, encouraged by her parents and music teacher. After completed a Bachelor of Music with honors from the Canterbury University (New Zeland) in 1961, the artist studied the piano with E. Kendall Taylor. After that, Annea studied composition at the Darmstadt summer courses (1961-1962), with Peter Racine Fricker at the Royal College of Music, London (1961-1963), with Gottfried Michael Koenig at the Musikhochschule in  Germany and Holland (1963-1964) and at the Electronic Music Studios, London (1970). In 1972, she finished a psychoacoustics course at the Southampton University Institute of Sound and Vibration Research, United Kingdom.

In 1973, Annea Lockwood went to the U.S. to teach at the Hunter College in New York City. In 1982, the artist started teaching composition, theory and electronic music at the Vassar College, where she has served as an emerita professor. She has performed and given lectures in England, Scotland, New Zealand, Australia, France, Germany and Sweden. Annea has received many honors during her career, such as: Arts Council awards (1970, 1972, 1973), Gulbenkian Foundation grants (1972, 1973), a Creative Artists Public Service grant (1977) and a National Endowment for the Arts fellowship (1979-1980).

Compositions:

Annea Lockwood is a composer and an instrument builder. Her art uses electronic music and experimental pieces to draw out the qualities of the natural world and the human experience.

During the 1960s she worked in collaboration with sound poets, choreographers and visual artists, also creating many works that explored new sound sources and timbres. The audio-visual theater piece Glass Concert (1967) marks the beginning of her work as an instrument builder, with two performers interacting with an environment of glass objects. The artist also created the Piano Transplants (1969-1972) in which old pianos were burned, drowned and buried.

In the 1970s and 1980s, she turned her attention to works focused on environmental sounds, often using low-tech devices: World Rhythms (1975), Conversations with the Ancestors (1979), A Sound Map of the Hudson River (1982), Delta Run (1982) and Three Short Stories and an Apotheosis (1985) were widely presented in the U.S., Europe and in New Zeland.

In the 1990s, Annea wrote pieces for acoustic instruments and voices, incorporating electronics and visual elements: Thousand Tear Dreaming (1991) was written for didgeridoos and other instruments and shows slides of the cave paintings at Lascaux; Ear-Walking Woman (1996) uses rocks, bubble-wraps, bowl gongs and other implements to discover a range of sounds available inside the instrument; Duente (1997) carries the singer Thomas Buckner into a heightened state through the medium of his own voice.

Her recent works include: A Sound Map of the Danube, a surround-sound installation; Luminescence, settings of texts by Etel Adnan; Gone!, in which a little piano-shaped music box attached to 20 helium balloons floats off over the audience; and In Our Name, poems by three prisoners in Guantanamo Bay for baritone voice, cello and tape.

More information:
To know her work: